Vivemos hoje um cotexto com uma proporção inédita de calamidade pública e com exigências emocionais consideráveis. As tensões geradas por um estado de constante alerta promove “impactos emocionais” negativos no nosso bem-estar e saúde mental.
Nesse
cenário, com o distanciamento social, somos compelidos a nos reinventarmos
diariamente. Ao mesmo tempo em que elaboramos os lutos recentes. Uma vez que
perdemos a rotina estabelecida, os planos, o convívio social, a mobilidade
física, vida profissional, abraços e encontros que nunca aconteceram. Perdemos
muito.
Em paralelo,
nos encontramos reclusos em nossos lares. Convivendo com um número reduzido de
pessoas, em sua maioria, familiares. Assim, vinte e quatro horas por dia, mediante
um estado de ânimo alterado, temos que lidar com a
experiência de estarmos o tempo todo dentro de nossas casas. Vivemos então, a
estranheza desse convívio diário, que antes não era comum, pois estávamos
sempre na “rua”.
Sem
dúvidas, a humanidade se encontra em um sofrimento existencial, jamais
experimentado. Isso pode acentuar os adoecimentos psíquicos e
emocionais. Frente a essa realidade que a nós se apresenta, o momento pede
cautela e recolhimento. Além de ser um convite para movimentos internos, ao
invés de somente vibrarmos em movimentos externos.
Como proteger nossa saúde emocional neste período?
1° Entender que é uma fase.
Não
sabemos ao certo quanto tempo irá durar. Mas, com certeza, #vaipassar.
2° O mundo todo está assim.
É
necessário ter consciência de que todos estão vivendo a mesma realidade e
se adaptando a ela.
3° Filtrar as notícias.
Devemos selecionar
as informações e, não raro, distanciar-se de algumas notícias que podem nos
desestabilizar.
4° Criar uma rotina.
Procurar
manter uma rotina é essencial, mesmo dentro de casa, dar um resigificado ao seu
talento, todos temos.
5° Aproveitar a companhia dos entes queridos.
Abra
novas possibilidades para o momento. Estar mais próximo da família, pronunciar
e ouvir seus entes e amigos, compartilhar as angústias e acolher aquelas que
chegam até você.
6° Se desenvolva.
Procure deslocar
e transformar sua energia sobrecarregada em potência: ler, estudar, ajudar o
próximo de forma voluntária.
7° É preciso reflexão.
Reservar
um momento de privacidade, para entrar em contato e reconhecer seus sentimentos,
chorar se preciso for. Porque somos humanos e humanos transbordam.
8° Dê carinho.
É preciso abraçar
quem está com você, dar e receber “colo”.
9° Respirar, respirar e respirar.
O momento
é de presença implicada, vivemos o presente em sua integridade e completude. É
tempo de olharmos à nossa volta, notarmos o despercebido, o invisível, o sutil.
Depois dessa experiência, é bem provável que não sejamos os mesmos.
Contudo, se os dias estiverem pesados demais, cabe procurar alguém de confiança e/ou auxílio especializado on-line. Afinal, em tempos de mobilização social, a empatia transcende. Há muitas pessoas e profissionais promovendo o bem. Procurar ajuda faz bem em qualquer momento da vida. “A hora pode ser agora”!
Fonte: leiturinha
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