A conduta humana remete a grandes
mudanças na sociedade, tanto de cunho positivo quanto negativo, dependendo do
lado em que estamos. O Brasil apresenta muitos problemas sociais e de toda
ordem. Dentre eles podem-se destacar as mortes no trânsito e o suicídio.
Que semelhança há entre trânsito e
suicídio?
Suicídio é o ato do indivíduo ao abreviar
sua vida. Suicídios acontecem em todas as camadas sociais e por diversos
motivos: depressão, conflitos emocionais, familiares, dificuldades financeiras,
alcoolismo, drogadição, transtornos psíquicos, entre outros. Essa atitude vai contra a natureza humana.
Sempre que estamos em situação de risco, medo ou estresse, o sistema nervoso-cerebral
ativa a Adrenalina, um hormônio que estimula a reação de luta e fuga, de autopreservação,
na tentativa de conservar a própria existência. É o desejo inato e instintivo
de manter-se vivo diante de uma ameaça.
Ao falarmos em acidentes de trânsito, observa-se
que a maioria deles é provocada pela negligência, imprudência e imperícia dos condutores.
Baseado nesse pensamento, o homem coloca-se em situação de risco frequentemente
e as estatísticas revelam: cinco mortes a cada
01 hora no Brasil; relatório divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Entre 2008 e 2016, totalizaram 368.821
pessoas que morreram vítimas de transporte nas estradas e ruas do país. Esse alto índice aponta para um quadro extremamente
complexo da nossa sociedade.
Quando se inicia o processo para obter
a CNH, têm-se aulas de legislação de
trânsito e direção defensiva orientando como minimizar ao máximo os riscos de
acidentes de trânsito. Mas as estatísticas com mortes no trânsito são muita
altas, quando comparadas as guerras que dizimaram milhares de pessoas. A partir
do momento que se decide conduzir um veículo faz-se necessário incorporar ao comportamento
educação, respeito e prudência.
Após conquistar a CNH, simbolicamente é assinado um contrato com a sociedade, onde os
condutores serão responsáveis uns pelos outros ao conduzirem os veículos. Alguns
condutores assumem esse compromisso de responsabilidade, enquanto outros adotam
comportamentos suicidas, colocando-se em riscos “conscientes”.
Esse tipo de
comportamento remete a imagem de suicida, ou seja, tentativa de suicídio.
Porque essas duas situações, o comportamento de risco no trânsito e o suicídio
partem do mesmo princípio, de autodestruição, portanto baixíssima autoestima.
Pode-se destacar que condutores
irresponsáveis se tornam suicidas indiretos, por agir diferente da função
cerebral de autopreservação, desafiando as normas de circulação e de segurança,
colocando-se em riscos extremos.
A conduta no trânsito é um fenômeno
bastante adverso e envolve um conjunto de fatores e processos psicológicos, mas
no instante em que o sujeito assume atitudes perigosas, colocando em risco a própria
vida e a dos outros, acaba sendo conivente e responsável pelas consequências, revelando
um perfil suicida, que sempre deixa sequelas físicas e emocionais a todos que fazem
parte direta ou indireta deste ato de desamor.
Fica a reflexão!
Fonte: globo.com
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