quinta-feira, 23 de maio de 2019

Limites para os filhos e a importância do “Não”!




A ausência do “não” incorrerá na falta de limites e terá como consequência um desenvolvimento negativo para criança, afinal quando ela não aceita regras, seja para brincar, andar no ônibus, se comportar na escola e/ou em família, sofrerá com as dificuldades de conviver socialmente. Os limites ajudam a criança a tolerar frustrações e adiar sua satisfação. Ela deve entender a esperar sua vez, a compreender que existem outros e que precisa compartilhar. A insuficiência de limites pode conduzir a uma desorientação, a uma falta de noção dos demais, de respeito e até à maldade em alguns casos extremos. 

Colocar limites não significa ser autoritário, mas sim ter autoridade sobre ela. Ensinar-lhe a respeitar a si e também a outrem. Dizer "não", para uma criança é mostrar-lhe que também pode dizer não quando alguém quiser lhe impor atitudes ou situações indesejáveis. Na medida em que os pais percebem as necessidades da criança e as apontam, ela poderá igualmente identificar o que lhe serve ou não.

Por exemplo, se uma mãe percebe que seu filho está com sono e precisa dormir, sendo firme neste momento, mesmo que resista aos poucos ele poderá identificar seu próprio cansaço e adormecer.
Existem muitos adultos que não ouvem as mensagens do próprio corpo: dor, cansaço, fadiga, mal estar, e estes extrapolam seus próprios limites, o que frequentemente provoca estresse, adoecimento físico e/ou emocional, igualmente ocorrem com as crianças.

Colocar limites não significa privar a liberdade. Quanto mais cedo, os pais mostrarem os limites de forma afetiva e segura de seus propósitos, menos problemas terão seus filhos na adolescência, fase em que há revolta contra as imposições, passando a transgredirem tudo aquilo que é insuportável para os adolescentes. É importante que os pais expliquem que seus direitos e deveres também são limitados. Se mesmo assim as crianças não obedecerem, por vezes é necessário colocar sanções, com o intuito de responsabilizá-las pelos seus atos.

A importância do "não" e do estabelecimento de limites é fator organizador na formação da personalidade de todo ser humano. Desde a primeira infância ela precisa aprender a ouvir a palavra "não" e pronunciá-la. As crianças passam pela "fase do negativismo", na qual fala quase compulsivamente a palavra "não", testando sua força diante da autoridade dos adultos.

Elas experimentam até onde podem chegar!

As crianças precisam de regras claras, objetivas e coerentes colocadas com segurança e determinação. O estabelecimento de limites não é tarefa fácil de manter. É fundamental conhecer quais os recursos mentais da criança em cada faixa etária. Por exemplo, antes dos 04 ou 05 anos,  é quase impossível esperar que uma criança compreenda e aceite as regras de um jogo – atividades lúdicas. 

Obrigá-la a aceitar regras antes do tempo seria inadequado para o seu aprendizado. Porém, a partir dos 06 anos a criança já terá adquirido a capacidade neurológica para aceitar os regulamentos, brincar com os amiguinhos e entender melhor o que lhe é solicitado sem tantos protestos. Assim sendo é essencial para criança apreender a importância do “Não”.

 A evolução moral perpassa pelo aprendizado do “Não”.

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