quarta-feira, 6 de março de 2019

A vida na menopausa



As mulheres em geral entram na menopausa por volta dos 50 anos. Um pouco antes dessa idade, costumam experimentar, algumas delas, forma devastadora, sintomas como diminuição da libido, ondas de calor alternadas com arrepios de frio, astenia, secura vaginal, depressão, mau humor, entre outros.

A intensidade dos sintomas pode variar, mas eles afetam cerca de 80% das mulheres. Apesar de poucas passarem imunes, não se sabia muito sobre sua duração até a divulgação, do maior estudo sobre saúde da mulher, publicado na revista científica americana JAMA. Os pesquisadores analisaram 1.499 mulheres por pouco mais de sete anos.
Os resultados revelaram que os calorões, um dos sintomas que incomoda bastante, só começaram depois da parada da menstruação em 20% dos casos; em 66%, o início se deu no período em que a menstruação se tornou irregular; e em 13%, surgiram ainda na vigência dos ciclos menstruais.
O fato surpreendente do estudo foi mostrar que o período das ondas de calor, que é desagradável para a maioria das mulheres, pode ser longo: em metade das participantes, não chegou há oito anos, mas na outra metade, ultrapassou esse período.
Na década de 1960, quando a expectativa de vida era de 48 anos (dado do IBGE), a mulher que entrava na menopausa já estava próxima do fim da vida. A maioria tinha netos, e pouco se esperava dela além de que se comportasse somente como uma avó carinhosa e acolhedora.
Portanto, pouco importava se a mulher precisava conviver com sintomas como secura vaginal, pele ressecada e flácida, queda de cabelo e depressão. Os calorões, que muitas vezes chegam a molhar a roupa,  algo constrangedor, com que se tinha de conviver, de preferência sem reclamar.
Hoje a expectativa de vida no Brasil, ainda segundo o IBGE, é de quase 75 anos. Pressupondo que a mulher entre na menopausa ao redor dos 50 anos e que seus sintomas se iniciem até alguns anos antes desse período, a mulher terá de conviver com a menopausa por pelo menos 25 anos.
É bastante tempo, para que a mulher abra mão da vida sexual regular e aceite sentir-se mal física e psicologicamente por tantos anos, sem tratamento.
A menopausa, contudo, não deve ser encarada como o fim da vida, mas como um período longo e importante dela, em que ainda há muito a se fazer.
Para enfrentar estes sintomas desagradáveis, as mulheres precisam estar amparadas por profissionais de saúde que saibam identificá-los e tratá-los, adequadamente. 
A mulher tem de se recusar a viver infeliz consigo mesma, aceitando menos do que merece. Ela deve percorrer este período da vida de forma plena e satisfatória. Porque ela merece!! 
Fonte: UOL


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