Existem vários transtornos
na área da sexualidade que ainda afetam homens e mulheres. Embora muitos posterguem
encontrar respostas, a maioria acaba buscando orientação de um profissional.
Com as mulheres, a situação é diferente.
Fatores culturais, religiosos, morais e de educação sempre influenciaram na
maneira de entender e praticar a sexualidade. Se considerarmos que em algumas
comunidades a amputação do clitóris é costume preservado ao longo dos tempos,
podemos perceber quão profundas podem ter sido essas influências no imaginário
feminino.
Há algum tempo, as mulheres raramente falavam
sobre suas dificuldades sexuais. Isso vem mudando e muitas já revelam espontaneamente
sua insatisfação, principalmente se a parceria não ajudar e se limitar a
entender as causas. Estudos realizados pelo ProSex - Projeto de Sexualidade do
Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - identificou três
tipos principais de queixas: falta de
desejo, incapacidade de atingir o orgasmo e dor durante a relação.
No entanto, essa
mudança de comportamento tem sido fundamental para enfrentar as dificuldades
que sempre existiram no universo feminino. Contudo, além do apoio profissional,
é preciso estimular a intimidade entre os parceiros para que juntos possam
descobrir o que traz mais prazer a cada um deles.
Pesquisas
revelam que no Brasil, metade dos homens e das mulheres tem algum tipo de
disfunção sexual - um problema de saúde pública - e quanto mais
precocemente for tratada, menos desajustes sérios provocarão no casal.
O
prazer sexual envolve um aprendizado, e este pode ter início através da
masturbação. O homem aprende desde garoto a ter prazer pela masturbação. Ao
chegar na adolescência, está mais “treinado” do que a menina; esta timidamente,
passa a descobrir seu corpo, imaginando como será o momento do encontro erótico
e afetivo. Muitas vezes para não constranger o parceiro com sua inexperiência, a
jovem exige demasiadamente de si, chegando a dificultar seu desenvolvimento e seu prazer sexual.
O
mais importante, porém, não é a falta da satisfação. A ausência de orgasmo pode
sinalizar problemas orgânicos mais sérios como deficiência hormonal, depressão,
diabetes, disfunções glandulares como o hipotiroidismo e o hipertiroidismo, mas
certas posturas culturais como a educação repressiva, ainda podem repercutir no
desempenho sexual da vida adulta.
Toda
mulher deve estar atenta as suas dificuldades sexuais, pois tendem a representar
um marcador na saúde física e emocional. Por isso, se faz necessário considerar
o problema de forma mais ampla e pesquisar as possíveis causas da disfunção
orgásmica, buscando orientação com brevidade.
Nunca
é tarde para ser feliz!
Fonte: Uol
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