sábado, 31 de março de 2018

Orgasmo ainda é um tabu?



Existem vários transtornos na área da sexualidade que ainda afetam homens e mulheres. Embora muitos posterguem encontrar respostas, a maioria acaba buscando orientação de um profissional.
Com as mulheres, a situação é diferente. Fatores culturais, religiosos, morais e de educação sempre influenciaram na maneira de entender e praticar a sexualidade. Se considerarmos que em algumas comunidades a amputação do clitóris é costume preservado ao longo dos tempos, podemos perceber quão profundas podem ter sido essas influências no imaginário feminino.

Há algum tempo, as mulheres raramente falavam sobre suas dificuldades sexuais. Isso vem mudando e muitas já revelam espontaneamente sua insatisfação, principalmente se a parceria não ajudar e se limitar a entender as causas. Estudos realizados pelo ProSex - Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - identificou três tipos principais de queixas: falta de desejo, incapacidade de atingir o orgasmo e dor durante a relação.

No entanto, essa mudança de comportamento tem sido fundamental para enfrentar as dificuldades que sempre existiram no universo feminino. Contudo, além do apoio profissional, é preciso estimular a intimidade entre os parceiros para que juntos possam descobrir o que traz mais prazer a cada um deles.

Pesquisas revelam que no Brasil, metade dos homens e das mulheres tem algum tipo de disfunção sexual - um problema de saúde pública - e quanto mais precocemente for tratada, menos desajustes sérios provocarão no casal.

O prazer sexual envolve um aprendizado, e este pode ter início através da masturbação. O homem aprende desde garoto a ter prazer pela masturbação. Ao chegar na adolescência, está mais “treinado” do que a menina; esta timidamente, passa a descobrir seu corpo, imaginando como será o momento do encontro erótico e afetivo. Muitas vezes para não constranger o parceiro com sua inexperiência, a jovem exige demasiadamente de si, chegando a dificultar seu desenvolvimento e seu prazer sexual.

O mais importante, porém, não é a falta da satisfação. A ausência de orgasmo pode sinalizar problemas orgânicos mais sérios como deficiência hormonal, depressão, diabetes, disfunções glandulares como o hipotiroidismo e o hipertiroidismo, mas certas posturas culturais como a educação repressiva, ainda podem repercutir no desempenho sexual da vida adulta.

Toda mulher deve estar atenta as suas dificuldades sexuais, pois tendem a representar um marcador na saúde física e emocional. Por isso, se faz necessário considerar o problema de forma mais ampla e pesquisar as possíveis causas da disfunção orgásmica, buscando orientação com brevidade.

Nunca é tarde para ser feliz!


Fonte: Uol





Nenhum comentário:

Postar um comentário