terça-feira, 25 de novembro de 2014

A importância da função materna


Nos primeiros anos de vida, a sobrevivência e o desenvolvimento da criança dependem exclusivamente da presença de outro ser humano, bem como da qualidade dessa presença. A mãe, ou quem exercerá essa função, busca propiciar não apenas a satisfação das necessidades vitais do bebê, mas também estimular seu crescimento. Ela também funciona como uma espécie de "película" de proteção contra os estímulos internos e externos que a criança ainda não é capaz de assimilar. 

Esse recurso tem um papel essencial nos processos de organização e desenvolvimento da criança. A qualidade dessa presença materna determina a possibilidade da aquisição e da qualidade de competências específicas, da autonomia e dos recursos mais evoluídos e harmônicos do funcionamento bio-psiquíco-afetivo, para adaptar-se ao meio.

É também a qualidade dessas relações que determina o fortalecimento das vivências física e emocional, que perpassa a necessidade do desejo, da excitação, da angústia, do sono fisiológico e do sonho infantil.
Desde a experiência do nascimento até a vida adulta, a criança é permanentemente solicitada por estímulos internos, os físicos, e externos, contato com outras pessoas, muitas vezes fonte de desprazer, de traumas e de conflitos.

Falhas no processo evolutivo de uma criança, determinadas por elementos congênitos, pela precariedade das relações parentais e ambientais, podem originar experiências traumáticas que comprometem a estrutura e o funcionamento psíquico como um todo.

Diante das deficiências estruturais ou funcionais dos recursos psíquico-afetivos podem ser mobilizadas tentativas de reorganização através de descargas motoras e comportamentais como as doenças psicossomáticas, uma vez que os sentimentos são direcionados ao corpo, e este tende a adoecer.

Quanto mais saudável for à relação materna com a criança, mais condições psíquico-afetivos ela terá para tornar-se um adulto livre de complicações emocionais de qualquer ordem. A criança aprende a se defender e enfrentar os dilemas existenciais.


Importante ressaltar que a mãe ou cuidador(a), necessita estar em harmonia com a função e a situação maternal, já que o equilíbrio emocional é fundamental para reforçar a relação com o seu bebê, e fazer dele uma pessoa melhor durante sua existência.  

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