Nos primeiros anos de vida, a sobrevivência e o desenvolvimento da
criança dependem exclusivamente da presença de outro ser humano, bem como da qualidade
dessa presença. A mãe, ou quem exercerá essa função, busca propiciar não apenas
a satisfação das necessidades vitais do bebê, mas também estimular seu crescimento.
Ela também funciona como uma espécie de "película" de proteção contra
os estímulos internos e externos que a criança ainda não é capaz de assimilar.
É também a qualidade dessas relações que determina o fortalecimento
das vivências física e emocional, que perpassa a necessidade do desejo, da
excitação, da angústia, do sono fisiológico e do sonho infantil.
Desde a experiência do nascimento até a vida adulta, a criança é
permanentemente solicitada por estímulos internos, os físicos, e externos,
contato com outras pessoas, muitas vezes fonte de desprazer, de traumas e de conflitos.
Falhas no processo evolutivo de uma criança, determinadas por
elementos congênitos, pela precariedade das relações parentais e ambientais,
podem originar experiências traumáticas que comprometem a estrutura e o
funcionamento psíquico como um todo.
Diante das deficiências estruturais ou funcionais dos recursos
psíquico-afetivos podem ser mobilizadas tentativas de reorganização através de
descargas motoras e comportamentais como as doenças psicossomáticas, uma vez
que os sentimentos são direcionados ao corpo, e este tende a adoecer.
Quanto
mais saudável for à relação materna com a criança, mais condições psíquico-afetivos
ela terá para tornar-se um adulto livre de complicações emocionais de qualquer
ordem. A criança aprende a se defender e enfrentar os dilemas existenciais.
Importante
ressaltar que a mãe ou cuidador(a), necessita estar em harmonia com a função e
a situação maternal, já que o equilíbrio emocional é fundamental para reforçar
a relação com o seu bebê, e fazer dele uma pessoa melhor durante sua existência.
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