domingo, 22 de setembro de 2013

A Verdadeira Maturidade



A pessoa que vejo quando olho no espelho parece conhecida, mas não identifico os cabelos grisalhos, os óculos, as rugas, rosto e corpo desgastados pelo passar dos anos. Penso, mas essa não sou eu!

Não me sinto desgastada, nem enrugada, mas serena, livre para ser quem sou, para me doar, para amar, servir, viver com vigor e entusiasmo os chamados anos dourados da vida.
O passar dos anos cobrou do meu corpo um preço, mas, com suas múltiplas e variadas experiências e oportunidades, trouxe algo mais precioso que a pele lisa e os cabelos escuros da juventude. Trouxe maturidade.

Em nossa cultura, velhice é sinônimo de tudo que as pessoas procuram evitar,  juntas enferrujadas, dores incômodas que quase roubam a agilidade dos movimentos, artérias avisando que um dia podem parar de funcionar, além dos sinais mais óbvios da aparência – rugas, cabelos brancos, flacidez, óculos...

Cosméticos, cirurgias plásticas e inúmeros outros recursos são buscados com avidez na tentativa de fazer parar o tempo e até mesmo voltar atrás. Por isso, quando se fala em maturidade, parece um disfarce, uma compensação pobre, uma palavra bonita para encobrir uma realidade por vezes desagradável, como se velhice e maturidade estivessem automaticamente interligadas. Mas não é bem assim.

Velhice acontece com o corpo. A máquina que Deus entreteceu “de forma assombrosamente maravilhosa” vai-se desgastando com o passar dos anos, por mais bem cuidada que seja, isto é um fato.

Envelhecer é inevitável, mas amadurecer, não. A maturidade vem da renovação interior, embora o corpo demonstre o nosso ser interior se renova dia a dia, produzindo para nós um eterno aprender.  Se não permitirmos que as experiências da vida nos ensinem e nos façam amadurecer, podemos chegar à velhice do corpo e da alma, sem crescimento, sem transformação e sem beleza.

Nosso corpo pode envelhecer, mas nosso espírito deve permanecer jovem e feliz!!!


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